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sábado, 11 de maio de 2013

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE?

Alfabetização pautada pela leitura da realidade cultural

Publicação: 11 de Maio de 2013 às 00:00
Os chamados métodos didáticos modernos, que nada mais são do que a tentativa de sequênciar o trabalho desenvolvido pelo educador Paulo Freire no sertão do Rio Grande do Norte na década de 1960, apontam para uma alfabetização que vá além do insuficiente processo de codificação e decodificação de letras. A alfabetização, já escrevia Paulo Freire, deve ser pautada pela leitura de textos próximos da realidade cultural da criança.
Educadores participam de encontro sobre alfabetizaçãoEducadores participam de encontro sobre alfabetização
 
“É preciso alfabetizar com o uso real da linguagem que está próxima à vida concreta do aluno”, observa Marcelo Fabiano Rodrigues Pereira, da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Pereira é responsável pela formação de 25 professores do último ano do ciclo de alfabetização. Ele participa do curso de formação continuada para a implantação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, oferecido pela Universidade de Brasília (UnB). O objetivo do Pacto, firmado por todas as unidades da Federação e por 5.393 municípios, é assegurar que todas as crianças brasileiras tenham proficiência em língua portuguesa e em matemática até os oito anos de idade.
Em todo o Brasil, 38 universidades públicas, parceiras no pacto, vão oferecer cursos de formação a 16.814 docentes orientadores, que atuarão com os professores em classes de alfabetização. A Universidade Federal do RN é parceira no estado.
Marcelo Pereira também vê o pacto evidenciando os direitos de aprendizagem para as crianças de seis a oito anos de idade. “Antes, essas metas não estavam claras. O pacto amarra isso, deixa esses direitos de aprendizagem muito bem estabelecidos”, afirma.
É lógico que existe uma forte dose de ingenuidade, produto talvez do entusiasmo, do professor Pereira. O esforço de agora, que ainda não mostrou a sua cara, não tem nada de novo e vem, como de costume, com um atraso de 50 anos. O Brasil tem o triste testemunho de conviver com tranquilidade com uma imensa nação formada por milhões de analfabetos.

Pacto é detalhado

No Rio Grande do Norte, a Secretaria Estadual de Educação apresentou recentemente o Pacto pela Alfabetização aos professores e demais gestores do ensino público estadual, durante realização de um evento no auditório Angélica Moura, na SEEC, no final do mês passado. O detalhamento foi exposto da professora Ana Alice Fernandes, coordenadora do PNAIC no RN e da professora doutora Denise Maria de Carvalho Lopes, da Universidade Federal do RN.
Responsável pela Coordenadoria de Desenvolvimento Escolar, Isabel Pinheiro, mostrou aos presentes o quanto é importante discutir a questão para que os envolvidos trabalhem para traçar o objetivo daqui para frente. “A prática do incentivo a escrita e leitura é necessária para colhermos os frutos no futuro”, disse.
O Pacto pela Alfabetização foi arquitetado pelo governo federal por meio do Ministério da Educação e tem a parceria das universidades federais, secretarias de educação estaduais e municipais e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação.
As ações do Pacto apoiam-se em quatro eixos de atuação: Formação continuada presencial para os professores alfabetizadores e seus orientadores de estudo, materiais didáticos, obras literárias, obras de apoio pedagógico, jogos e tecnologias educacionais, Avaliações sistemáticas e Gestão, mobilização e controle social.
FONTE: TRIBUNA DO NORTE.

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