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sexta-feira, 5 de julho de 2013

PRA ONDE ESTÁ CAMINHANDO A SAÚDE DO PAÍS?

Médicos pedem demissão em conjunto da UTI cardiológica do hospital Walfredo Gurgel


Médicos cardiologistas da hospital Walfredo Gurgel, a maior unidade pública do Rio Grande do Norte, solicitaram nesta quinta pedido de demissão à diretora da unidade, Maria de Fátima Pereira Pinheiro.
Os médicos alegam que o pedido extremo se deve as péssimas condições de trabalho a que são submetidos na unidade médica.
O documento é assinado por cinco cardiologistas, sendo George Paulo Cobe Fonseca, Cristiane Guedes Pitam Luciano Pilla Pinto, Rodrigo Lopes de Sousa e Stefferson Luiz Melo Duarte.
“Este pedido se faz em virtude da insatisfação e desgaste coletivo que a equipe enfrenta no decorrer dos anos. Desde 2010 denunciamos problemas e pleiteamos soluções, sem perspectivas concretas, tendo como respostas apenas decisões imediatistas e ineficazes. Estes problemas sempre foram comunicados à direção do hospital e registrados em livro de ocorrência presente na Unidade, disponível para quem tivesse o interesse eo compromisso de resolver as deficiências”, diz parte do documento assinado pelos médicos.

Na carta endereçada à diretora e que foi tornada pública via rede social, os médicos ainda relatam que fizeram o que podia e o que não podiam para tentar melhorar as condições da unidade. “Já interditamos leitos da Unidade (isoladamente ou em sua totalidade) por duas vezes, seja por estrutura inadequada, com infiltrações, leitos anexos em abiente afastado da UTI, sem possibilidade de monitoração constante, problemas com ar condicionado ou por falta de equipamentos e medicamentos essenciais, como monitores aparelhados de ventilação mecância, aparelhos de marcapasso provisórios, fitas de HGT, radiografia de tórax no leito, antibióticos, antihipertensivos, drogas vasoativas, sedativos, entre outros, além de indisponibiliade de exames de laboratório básicos, como sódio, potássio, provas de coagulação, entre outros”, afirmam, salientando o compromisso deles (médicos) com os pacientes e a missão de salvar vidas.
Ainda no documento, os médicos disseram que durante esse período, ou seja, de 2010 para cá, não se omitiram e buscaram ajuda no Conselho de Medicina, fazendo denúncias gravíssimas quanto às deficiências do hospital, que as vezes os expunham até ao erro. "Éramos expostos a cometer falhas e prejudicar pacientes, seja por sobrecarga ou por ter que optar por esse ou aquele paciente numa lista de 10 a serem admitidos. Chegou ao ponto de solicitarmos aos parentes dos pacientes para comprar medicamentos. Incêndios foram apagados. Dessa forma, sem vislumbrar soluções, buscando não compactuar com esse caos perene e estando inconformados com o completo descaso, solicitamos nosso desligamento", encerrou o documento.
O Defato.com tentou entrar em contato com a diretora Maria de Fátima, mas não obteve êxito. A equipe de reportagem também entrou em contato com a assessoria de comunicação, mas os telefonemas não foram atendidos.
De Fato

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