‘Boa aluna’, diz professora que quase levou tiro de adolescente em Natal
Professora que ficou na mira da aluna evitou
mostrar o rosto (Foto: Felipe Gibson/G1)
Uma menina tranquila e boa aluna. Assim a professora de matemática Norma Suely, de 51 anos, se referiu à adolescente de 15 anos que ameaçou matá-la com uma arma na tarde desta sexta-feira (16) na Escola Estadual Belém Câmara, no bairro Cidade da Esperança, zona Oeste de Natal. A menina chegou a atirar com um revólver calibre 38, mas foi agarrada por um guarda patrimonial no momento do disparo. A bala atingiu o pé direito da adolescente, que foi socorrida para o Pronto-Socorro Clóvis Sarinho.Apesar dos elogios, a professora conta que a menina não ia à escola há algum tempo. Preocupada, a professora relatou a situação para a direção da escola. “Estamos ali para ensinar. Só estava preocupada com a aprendizagem dela”, afirma.
A adolescente, que cursa o 7º ano, voltou à escola nesta quinta-feira. “Uma supervisora chamou a aluna e falou sobre o problema. Quando ela entrou na sala de aula me chamou de nojenta e disse que eu tinha chamado ela de burra”, explica a professora. Suely pediu para a garota sair de sala e diante da negativa dela ameaçou chamar a direção. “Ela saiu com raiva e bateu a porta com força”, relata.
No dia seguinte a professora entrou na sala do 6º ano onde
estavam 25 alunos. De repente a adolescente invadiu o local já apontando
o revólver na direção de Suely. “Vou matar você agora. Foi o que ela
disse”, afirma. A professora gritou e conseguiu correr para o corredor.
“Corri e apareceu um anjo para me salvar”, conta, se referindo ao guarda
patrimonial que agarrou a aluna. A adolescente ainda chegou a disparar,
mas o tiro acertou o próprio pé.
A professora pretende pedir licença do trabalho após o episódio. “É muita insegurança. Era para haver policial 24 horas na escola. Ela achou que eu queria o mal dela.”, diz Suely, que afirma sempre cobrar bastante dos alunos. “Vou sempre nos corredores buscando alunos que querem gazear aula. Quero o bem deles”, encerra a professora.
(Foto: Murilo Meireles/G1)
Violência nas escolas
O chefe de investigação da delegacia de Macaíba, Elialdo Moura, disse que o adolescente infrator esperou o rival sair da escola para cometer o crime. “Ele ficou do lado de fora. Assim que a vítima saiu, ele se aproximou, sacou o revólver e efetuou os disparos”, falou.
FONTE:G1 RIO GRANDE DO NORTE
Este post foi publicado em: Macaíba,Natal,Polícia,Porto do Mangue
mostrar o rosto (Foto: Felipe Gibson/G1)
Uma menina tranquila e boa aluna. Assim a professora de matemática Norma Suely, de 51 anos, se referiu à adolescente de 15 anos que ameaçou matá-la com uma arma na tarde desta sexta-feira (16) na Escola Estadual Belém Câmara, no bairro Cidade da Esperança, zona Oeste de Natal. A menina chegou a atirar com um revólver calibre 38, mas foi agarrada por um guarda patrimonial no momento do disparo. A bala atingiu o pé direito da adolescente, que foi socorrida para o Pronto-Socorro Clóvis Sarinho.Apesar dos elogios, a professora conta que a menina não ia à escola há algum tempo. Preocupada, a professora relatou a situação para a direção da escola. “Estamos ali para ensinar. Só estava preocupada com a aprendizagem dela”, afirma.
A adolescente, que cursa o 7º ano, voltou à escola nesta quinta-feira. “Uma supervisora chamou a aluna e falou sobre o problema. Quando ela entrou na sala de aula me chamou de nojenta e disse que eu tinha chamado ela de burra”, explica a professora. Suely pediu para a garota sair de sala e diante da negativa dela ameaçou chamar a direção. “Ela saiu com raiva e bateu a porta com força”, relata.
A professora pretende pedir licença do trabalho após o episódio. “É muita insegurança. Era para haver policial 24 horas na escola. Ela achou que eu queria o mal dela.”, diz Suely, que afirma sempre cobrar bastante dos alunos. “Vou sempre nos corredores buscando alunos que querem gazear aula. Quero o bem deles”, encerra a professora.
Escola Estadual Belém Câmara, na zona Oeste de Natal, suspendeu as aulas após o ocorrido
Josimar Souza morreu dentro da sala de aula
(Foto: Marcelino Neto)
Este é o terceiro caso de violência envolvendo alunos armados
em escolas do Rio Grande do Norte este ano, segundo a polícia. O
primeiro caso aconteceu em 21 de maio na cidade de Porto do Mangue, a
235 quilômetros de Natal. Na ocasião, um adolescente de 16 anos foi
apreendido após matar a facadas o estudante Josimar Arruda de Souza, de
20 anos. O crime aconteceu dentro da sala de aula da Escola Estadual
Professora Josélia de Souza Silva. Segundo depoimento do menor à
polícia, ele atacou o colega pelo fato de Josimar ter chamado a namorada
do suspeito de “gostosa”.
Ytaelson da Paz foi morto a tiros em Macaíba
(Foto: Arquivo da família)
No dia 12 de junho, outro crime chocou o estado. O estudante
Ytaelson Costa da Paz, de 17 anos, foi morto a tiros na porta da Escola
Estadual Auta de Souza, em Macaíba, cidade da Grande Natal. Um
adolescente de 14 anos foi apreendido e admitiu a autoria do crime à
polícia. O assassinato foi motivado por uma briga entre os dois
adolescentes em uma festa no Natal do ano passado. Os dois estudavam na
mesma sala.O chefe de investigação da delegacia de Macaíba, Elialdo Moura, disse que o adolescente infrator esperou o rival sair da escola para cometer o crime. “Ele ficou do lado de fora. Assim que a vítima saiu, ele se aproximou, sacou o revólver e efetuou os disparos”, falou.
FONTE:G1 RIO GRANDE DO NORTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário