CAPANHA DA FRATERNIDADE DO RN.

RN dá início à comemoração dos 50 anos da Campanha da Fraternidade

Programação começou com uma missa na cidade de Nísia Floresta.
Município é considerado berço da Campanha da Fraternidade.

Do G1 RN

Centenas de fiéis participaram da missa na igreja matriz de Nísia Floresta (Foto: Fernanda Zauli/G1)

A Arquidiocese de Natal deu início na tarde desta quinta-feira (14) à programação de lançamento da Campanha da Fraternidade 2013 com a celebração de uma missa no município de Nísia Floresta, localizado a 35 quilômetros de Natal.

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A missa contou com a participação de centenas de fiéis e ainda com bispos de estados vizinhos, como Paraíba, Pernambuco e Alagoas. O local foi escolhido por ser considerado o berço da Campanha da Fraternidade. “Aqui nasceu a experiência da solidariedade aos mais necessitados, quando as Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, motivadas pelo amor ao próximo, deram início a essa grande luta na década de 60”, disse o pároco do município, Padre Fabio Pinheiro.
Maria José Cardoso, de 70 anos, é uma das Irmãs Missionárias que fizeram parte do início da Campanha da Fraternidade. Ela explicou que, apesar de a campanha ter sido iniciada na Arquidiocese de Natal, foi em Nísia Floresta que ela se aproximou da comunidade. “A campanha começou na Arquidiocese de Natal e nós pensamos em torná-la diferente, mais participativa, transmitindo à comunidade o verdadiero significado de fraternidade. Começamos então um trabalho de arrecadação de donativos, cada um doava o que podia: frutas, roupas, ovos, e depois nós fazíamos uma feira e vendíamos tudo. Com o dinheiro arrecadado nós comprávamos o que a comunidade precisava”, contou. “A comunidade se envolveu na campanha. Certa vez soubemos que várias famílias de uma comunidade dormiam no chão porque não tinham cama, nem rede. Então compramos 40 redes e distribuímos nesta comunidade”, disse.

Missionária que participou da primeira Campanha da Fraternidade (Foto: Fernanda Zauli/G1)

O padre da cidade na época, Otto Santana, que também participou do início da Campanha da Fraternidade, diz que hoje a campanha tem uma imensa força em todo o país e leva a comunidade cristã a refletir sobre temas que afligem a sociedade. “A comunidade cristã não é feita para estar na igreja é para estar no mundo. A gente vai para a igreja para buscar forças, mas temos que atuar no mundo, e a campanha é um momento que convida a comunidade a isso, a participar, a discutir, a refletir”.
A programação incluiu ainda uma visita à comunidade rural Timbó, onde aconteceu a primeira experiência da Campanha da Fraternidade.
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