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quinta-feira, 11 de abril de 2013

OPERAÇÃO MÁSCARA NEGRA.

 Esquema envolvendo artistas e gestores públicos teria desviado três milhões de reais
O Ministério Público Estadual divulgou uma nota, nesta terça-feira (9), dando mais detalhes sobre a Operação Máscara Negra, deflagrada em algumas cidades do Rio Grande do Norte. De acordo com o órgão, objetivo é desarticular esquemas de contratação fraudulenta de shows musicais, estrutura de palco, som, trios elétricos e decoração para eventos realizados nos municípios de Macau e Guamaré, no período de 2008 a 2012. Os desvios giram em torno dos R$ 3 milhões.
“As provas apontam que empresários do ramo artístico atuavam na região, alternando-se na fraude aos procedimentos licitatórios e fornecendo suas empresas e bandas aos superfaturamentos”, destacou o Ministério Público na nota.
Ainda de acordo com o MP/RN, só no ano passado a prefeitura de Guamaré gastou mais de R$ 6 milhões em festividades, enquanto que a de Macau chegou à cifra de R$ 7 milhões entre 2008 e 2012. Esses gastos com contratações de bandas e serviços para festas compreendem mais de 90% do recebido em royalties no período e mais de 70% do recebido em FPM.
Foram expedidos pelo juízo da Comarca de Macau 53 mandados de busca e apreensões, 14 mandados de prisões temporárias, a suspensão do exercício da função pública de oito servidores públicos além da suspensão parcial do exercício da atividade econômica de quatro empresários e suas respectivas empresas.
Material apreendido em loja de decoração, em Natal, foi levado para o MP
Em Guamaré, o suposto grupo criminoso era liderado por familiares do ex-prefeito, que controlava os principais cargos políticos do Poder Executivo municipal. Já em Macau, o esquema tinha como líderes o então Chefe do Executivo e o presidente da Fundação Municipal de Cultura.
Os elementos colhidos pela Justiça dão conta de que eram desviados recursos das prefeituras por meio de contratações com superfaturamento de preços e mediante uso de intermediários não exclusivos e de laranjas.
Estima-se que aproximadamente R$ 3 milhões foram desviados por ordem dos então prefeitos e demais agentes públicos a empresários do ramo artístico, a pretexto de fomento da economia local.
A Operação Máscara Negra contou com o apoio de 200 policiais militares e foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). E faz parte da Operação Nacional contra a Corrupção deflagrada na manhã de hoje em 12 outros Estados pelo Ministério Público brasileiro, por meio do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), em parceria com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias Civis e Militares, Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas de Rondônia, Receita Federal, Receitas Estaduais.
Por volta das 5h30 policiais cumpriram mandado no escritório do empresário Adônis Antônio, em Parelhas. Ele é proprietário da Fera Produções e está investigada a participação da empresa em contratos superfaturados com prefeituras da região Seridó.
Foram apreendidos pen drives, computadores e celulares. Nesse momento também está sendo cumprido mandado também na casa do vereador Júnior Grafith, para apurar a situação contratual da banda Grafith nas cidades de Guamaré e Macau.
Fonte: Robsom Pires e Portal BO

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